Quase meio século de carreira, uma discografia rica nos chamados álbuns clássicos e vários na categoria indispensáveis, cada um com suas variações e totalmente distantes entre si; e enquanto comento eu este trabalho lançado em meados do ano passado, o quinteto prepara-se para gravar um novo álbum. Devido a faixa etária da maioria dos componentes eles poderiam fácil, fácil se acomodar em gravar “mais leve” ou apenas para marcar presença, mas não, lançaram um álbum impactante e que manteve a qualidade musical e a paixão pelo metal em alta.
À partir dos anos 80 a banda resolveu “mundializar” sua música tornando-a mais “americana” e com um dose de acessibilidade em várias das suas composições que cuidou da produção da banda do período de 79 à 88, retornando em 2009, 2016 e agora num time de primeiríssima linha com Andy Sneap; suas produções sempre foram limpas e cristalinas, mas nunca sem tirar o peso e a agressividade das músicas e era isso justamente que eles buscavam juntamente com a modernidade e a fúria nas guitarras conseguida por Andy o resultado neste sentido é soberbo.
Começando pela capa que é uma variação da do grande álbum “Screaming for Vengeance” os padrinhos do metal nos brindam com um disco que tem quatorze novas composições autorais das quais pelo menos metade já podem ser consideradas de até agora para o futuro; uma bela mescla dos que fizeram até aqui,fiéis ao metal pesado como deve ser composto e tocado, hinos faiscantes de beleza universal e que transcendem ao infinito, hinos forjados no fogo e poder, sem perder tempo com firulas, experimentalismo chato e exarcebado, direto no ponto-enquanto o Maiden fica lançando trabalhos mornos e sem poderio metálico há mais de uma década o Priest retornou metálico e com o poderio renovado.
Abrindo o álbum com uma trinca devastadora e totalmente embebida no mais puro metal clássico temos”Firepower” “Ligthning Strike” e “Evil Never Dies” sem tempo para respirar,cada um destes hinos com seus adjetivos no pico tanto em termos instrumentais como vocais-o trabalho vocal no álbum é de dar inveja a qualquer aspirante a vocalista, com ótimas linhas e variações no decorrer do trabalho- “Necromancer” é outra composição incendiária com seu ritmo cadenciado e riffs cortantes alidados a um cozinha precisa e energética e Halford arregaçando nos vocais;assim como em ”Children Of The Sun” outro sonzaço; “Flame Thrower” tem um ritmo bangin apaixonante e viciante e a heavy/hard “No Surrender” (https://www.youtube.com/watch?v=vMU804-bjQA) curta e grossa, sem tempo para rodeios,dentre outras grandes músicas e com certeza muita gente não vai concordar com minhas favoritas, mas gosto pessoal é gosto pessoal e realmente estas citadas foram as que eu gostei muito depois de inúmeras audições deste ótimo trabalho, sem dúvida, na lista dos melhores e mais clássicos trabalhos dos padrinhos do Metal.
É ótimo saber que no momento que eles já preparam material para um novo trabalho e que venha mais metal de qualidade!!!!vamos aguardar!!
Outros álbuns recomendados do artista: Hell Bent For Leather/Killing Machine, Stained Glass, Sad Wings Of Destiny,Unleashed In The East(ao vivo), Painkiller, Screaming for Vengeance,Redeemer Of Souls, British Steel, Angel Of Retribution.
