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LIVING LOUDER - Living Louder


LIVING LOUDER-Living Louder/Corsair(nac)
A banda é realmente bem nova, foi formada em maio de 2016 pelo guitarrista/vocalista Ricardo Cagliari baixista Eduardo Assef e baterista Gustavo Gomes, músicos experientes o que é bem notável e audível no decorrer dos álbuns-e a proposta deles é bem clara: mesclar a energia das bandas dos anos 60 e 70 numa sonoridade única e diversa com uma pegada original e para saber o que ele gostam de ouvir e quais são suas maiores influências é só dar uma lida no perfil da banda nas redes sociais, uma bela mescla de bandas e epocas.
Produzido pelo próprio batera, de cara eles já surpreendem por um álbum de estréia, auto intitulado, que soa orgânico e pesado, porém nunca datado, com um material variado e bem composto, aonde o trio brilha como ouro em suas performances, num repertório que emana energia e positividade; se eles podem ser colocados na mesma linha de bandas como Graveyard, Kadavar, Blue Pills, etc???sim, mas ao meu ver soam ainda melhores pois não tem nenhum resquício de influênicas “hipongas”, psicodélicas ou coisa que o valha-que é o ponto negativo nos nomes citados-e sua música soa sempre refrescante, juvenil e inventiva em dez composições autorais de muita qualidade e rockão dos bons.
Abrindo o trabalho, “Living Louder”energética e eletrizante, com um “q” de AC/DC principalmente no solo ; “The Crow” setentista até a alma, com um groove aliado ao peso que evoca influências de Trapeze,Captain Beyond, Budgie,etc com o trio brilhando instrumentalmente falando com um solo de slide guitar que evoca o rock sulista norte americano, brilhante; “Shaking the Dust” outro sonzaço agitado, eletrificado e eletrizante com pique de Motorhead antigo,mas muito mais musicalmente, outra com solo na veia de rock sulista que caiu como uma luva ;”Loo´s Shuffle” tem um jeitão ZZ Top/Lynyrd Skynyrd de ser que é muito salutar e o solo de guitarra evoca grandes momentos de sentimento e bom gosto dentro do universo do classic rock; a baladesca “Last Temptation” é ótima, soando brilhante tanto nos alto falantes quanto em fones de ouvido com o trio trabalhando perfeitamente como uma máquina bem lubrificada e em pleno funcionamento, dentre outras neste trabalho que quase beira a perfeição de tão bom.
A maior decepção em “Corsair” é a produção suja em excesso e datada, oposto do oposto do encontrado no excelente debut, e tem um jeitão do trio tentando encontrar a sua própria sonoridade e identidade apesar de todas suas influências estarem expostas à flor da pele, além da tentativa de adicionarem elementos de sub estilos mais atuais, e principalmente as composições terem menos impacto e aquele tom imediatista de se curtir à primeira ouvida, faltou aquele punch e sangue nos olhos, e precisei de sucessivas audições para me impressionar com parte do material gravado, dos quais destaco as ainda bem influenciadas pela sonoridade setentista em “An Ace Up My Sleeve” “com um belo debulho instrumental que chega a lembrar os primeiros trabalhos do Grand Funk Railroad; “Sweet Spot” assusta um pouco de inicio com seu inicio de “rock moderno da malhação” mas cai para um rockão direto e reto bem legal com um solo que é puro Southern rock assim como “Sweet Spot” que tem este sentimento sulista com algo dos trabalhos mais recentes do Glenn Hughes;”Half a Mind” é o country Southern com jeitão preguiçoso e quase bluesy , a eletrificada “Raw Meat” ,dentre outras, sem maiores destaques.
De maneira nenhuma pode-se dizer que este trabalho é ruim longe disso, o nível de qualidade e competência continuam em alto grau, mas LL realmente detona em todos os sentidos, e agora é aguardar para um terceiro trabalho retome ao caminho de completa excelência do debut que é clássico!

(Eduardo de Souza Bonadia)

Por Trás do Blog
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