O quinteto vem de um estado e cidade com pouca tradição no Metal, do MS da cidade de Campo Grande que nos gloriosos anos oitenta nos brindou com o ótimo Alta Tensão, de poucos porém ótimos trabalhos que não podem jamais serem esquecidos para os verdadeiros amantes do Metal nacional; ele fizeram sua primeira apresentação em 2006 e desde então tem como proposta tocar heavy metal tradicional, porém fugindo da cartilha de A à Z, sem se prender a vários dos clichês(salutares,porém sempre clichês) que o estilo proporciona fazendo em cada um dos seus trabalhos, sendo este seu quarto e segundo álbum cheio(full).
Vocalista Bruno Cardoso guitarristas Leandro Motta/Max Batista baixista Luciano Rivero e baterista Augusto Morais (substituído recentemente por Jefferson Antonio Martinelli)mantem a saga iniciada com o excelente e exuberante “You´re Going Straight To Hell” uma estréia de grande qualidade, aonde o quinteto emanava e exalava inspiração, excelentes composições, otimo instrumental e um vocalista altamente inspirado e inspirador em suas interpretações vocálicas, um debut altamente surpreendente e poderoso
Aqui a produção ficou por conta da banda juntamente com Aldo Carmine(ex Abrasion, este último cuidou também da mixagem e masterização do petardo)e o resultado na minha pessoal opinião não foi tão impactante; é uma intro mais dez composições autorais que mantem a chama em alta, mas foram precisas várias audições para chegar a um consenso; eles estão um pouco mais arrojados e tentando algo diferente e mais diverso, “Sea Of Revenge” por exemplo poderia estar num álbum de progr metal confortavelmente e somente com os solos de guitarras(excelente por sinal) é que a coisa fica mais tradicional; “Tough Aint Enough” o quinteto retoma ao Metalzão brilhando tanto do lado instrumental como vocal-como canta este Bruno!; “Restless” é uma das mais energéticas e eletrizantes do trabalho, com aquelas passagens maidenescas clássicas e usadas com muito bom gosto e propriedade(da época que a donzela de ferro era uma ótima banda de metal, não a chatice dos últimos dez anos de existência); “Minds Stalker” e “Why” dois exemplos de como se tocar metal dito tradicional, classicão, sem soar clichê, ultrapassado ou datado, uma marca registrada do quinteto é sua qualidade e talento nos arranjos, adjetivos encontráveis no seu material em profusão.
LH é um belo exemplo de qualidade e superação dentro de sua proposta metálica, porém, particularmente ainda fico com o primeiro álbum como meu preferido justamente pelos fatores citados anteriormente; e espero que eles continuem firmes nos proporcionando em futuros trabalhos grandes momentos de grande música metálica.
