Enquanto aguardo com muita ansiedade o lançamento do novo álbum do quinteto paulistano e uma espera de décadas por um novo trabalho, nada como uma bela conferida nesta nova fase da banda.
Tenho uma história com eles que vem da época da primeira d.tape quando ainda cantavam em português, resenhei a d.tape na Brigade, surgiu uma simpatia enorme com os componentes, tornei-me roadie da primeira fase que seguiu até o álbum de estréia “The Final Conflict”, e muitos shows que se seguiram até a saída do vocalista original André Góis; amei o relançamento do primeiro trabalho que acompanhei em estúdio a gravação e tenho um grande carinho, e em saber que 4/5 da formação original, o próprio André nos vocais, baterista Sérgio Facci, baixista André “Pomba” Cagni, guitarrista J.L.”Xinho” Gemignani e mais guitarrista Paulo Lanfranchi(que entrou no segundo álbum e seguiu por vários anos) haviam retornado e preparando novo material.
VD traz cinco novíssimas composições, sendo que “Walking With Fire” já havia sido apresentada como bônus no relançamento do TFC e uma ótima qualidade sonora, considerando-se tratar de um d.tape; felizmente o trabalho não tem nada haver com a fase pós TFC que trazia thrash metal mesclado com tradicional e muitas loucuras instrumentais e vocálicas(com um substituto medíocre que infelizmente perdurou enquanto o quinteto esteve em atividade) que muitas vezes não eram entendidas pelo público e “mídia especializada” por isso saúdo de pé este retorno ao heavy metal clássico e mais direto, ultra competente musicalmente tanto quanto na parte vocal pois André além de excelente vocalista, tem uma carga de interpretação que me agrada em cheio e uma pronúncia belíssima na língua inglesa o que faltou na banda por muitos anos e vários álbuns.
Produção primorosa e timbragens atuais só vieram para engrandecer o heavy metal classudo, clássico e característico do quinteto, abrindo com a título mais cadenciada e com riffs grudentos e belo solo, além de ótima interpretação vocálica; a já apresentada anteriormente “Walking With Fire” um pouco mais rápida, com os mesmos adjetivos, com licks de guitarra unidos pela melodia que dão um toque especial e me lembraram alguma coisa do “Unveiling The Wicked” do Exciter, “Say My Name” é minha preferida, rápida, energética, eletrizante, um belo de um power metal da melhor estirpe na velha escola norte estadunidense sem tralálás ou fadinhas, com uma interpretação vocálica de primeira, instrumental possante e guitarras faiscantes; “Empire Of Demise” tem uma modernidade que não atrapalha, influência de Ozzy com Zakk Wylde e Halford, e uma interpretação vocal que é fantástica e bombástica e fechando com “The Enemy Demise” mais cadenciada e pesada de inicio alternando com partes rápidas, interpretação impecável, instrumental preciso(belo trabalho guitarristico) e letras muito boas, assim como no restante do trabalho por conta do André Góis , enfim mais um grande trabalho do metal nacional.
Aguardo ansioso pelo relançamento de “Seeds Of Destruction” em cd e principalmente o novo álbum em décadas que deverá vir um grande trabalho
