Banda formada em 2005 na cidade de São Luís(MA) com o propósito de tocar Hard N Heavy-decididamente com enfase no Hard, lançando sua primeira d.tape em 2012 e este é seu terceiro álbum oficial e desde o inicio o quinteto se propôs a tocar uma música energética, eletrizante, com refrões fortes e grudentos e qualidade no lado musical e de imediato chamam a atenção as composições fortes, dividas entre composições de pura energia e que contagiam a primeira audição com algumas baladas bem emotivas e a capa dois primeiros traz uma anti-heroina que seria a própria fúria louca; de forma muito competente conduzidos pelos músicos vocalista Henrique Sugmyama. Guitarristas Hugão Away/Allex Kyel, baixista Tiago Guinevere e baterista André Jr
Em EM foi mantido o estilo mas eles se aprimoraram e evoluíram musicalmente com novos elementos sendo incorporados e uma sonoridade um pouco mais sofisticada, um pouco mais chegados ao Hard rock europeu de nomes como o W.E.T. e afins e o vocalista inclusive incorporou novas influências ao seu estilo ,especialmente Jeff Scott Soto, o que significa, muito bom, as melodias continuam abundantes, os refrães grudentos e “chicletes”o que sempre achei muito importante, pois a participação da plateia cantando e agitando junto num show é o que faz uma apresentação ser tão bacana,por isso sempre detestei música para músicos, auto indulgencia e complexidade não são meu forte e nunca foram, e o uso de teclados como cama na maioria das músicas tornou-se outro ponto forte e importante no decorrer do trabalho .
Aqui eles acertaram em cheio numa mescla de composições bem variadas e que surpreendem demais ao passar dos 59:34 minutos do trabalho, o mais longo de todos sendo os destaques “1984” com Henrique “Soto” detonando”, “Sextape Innervice(In Mobile Files)”mesclando a malícia e sacanagem dos anos 80 com pitadas de Hard moderno com instrumental apurado e linhas vocais bem sacadas; “Gentleman Ghost” mais a ver com o material dos álbuns anteriores e com mais um belo trabalho vocálico; “My Bad”se inicia com um riff metálico mas é um hardão eletrizante e eletrizado, um dos grandes destaques do álbum assim como “Pipe Bomb” com seu jeitão Motley Crue com o instrumental sempre indo para um lado mais técnico e bem executado; “Somebody to Love” um hard encharcado de AOR; “Vegas & Hell” retornando fielmente e finalmente aos seus momentos mais eletrizantes e festeiros sonzeira para ser ouvida alta e cantar a plenos pulmões, lembranças de festas intermináveis,Sunset Trip que com certeza os rapazes nunca viveram (afinal são brasileiros e bem mais jovens do que tudo que aconteceu na gloriosa década de oitenta) mas curtem ao máximo, outro grande momento do cd e “Stephanie Rocks” que já havia sido lançada entre os fãs mas aqui encontra sua versão definitiva, uma homenagem póstuma a publicitária Stefanie Sernaiotto, amiga pessoal do quinteto e que foi lamentável morta em um acidente de trânsito na Avenida dos Holandeses(São Luís/MA), em dezembro daquele ano e apesar do tom triste e melancólico tem cara de hit single, dentre outras.
Sem dúvida nenhuma o quinteto se firmou como um dos melhores e mais promissores do Hard Rock nacional com três trabalhos de muita qualidade, mas espero que continuem firmes na estrada, pois infelizmente após a gravação deste álbum o vocalista Henrique, um dos pontos altíssimos da banda, deixou-os assim como o baterista André, por problemas de ordem pessoal e foram substituídos pela nova voz Guilherme Freire e o novo batera Matheus Penha, e desde então nada mais foi divulgado e espero de coração que retornem a cena e um novo trabalho.