Podendo ser confundido facilmente com uma banda de rock gótico tanto quanto pelo seu próprio título(uma mescla de lobo com vampiro,quer algo mais gótico?) e a foto da capa com tons escuros felizmente o sexteto paulistano segue o caminho totalmente o oposto, tocando e compondo uma ótima dose do mais puro Hard Rock totalmente embebido, encharcado e influenciado por tudo do melhor que nasceu nos anos 80 e aliado a uma ótima dose de musicalidade e produção esmerada e profissional.
O sexteto tem uma história bem recente: foi em 2017 quando o guitarrista Luiz Casadio convidou o vocalista Doug Muratore para um projeto cuja base seria a paixão pela música, em especial o hard rock clássico e com a chegada dos demais músicos no guitarrista Furuken, baixista Danny Heinzl, baterista Mau Villas e tecladista Markus Mioranzza nasceu a banda, e no mesmo ano lançou o trabalho em formato digital e de forma independente, no formato físico em cd.
Eles não tem medo nem receio de deixar todas as suas influências expostas à flor da pele, no osso e neste quesito eles já ganham muitos pontos, pois não estão aqui para “reinventar a roda” mas para serem mais um grande nome dentro da nossa rica cena dentro do subestilo; o release deixa isso bem claro ,cada música tem sua descrição e suas principais influências; mas para o ouvinte normal que não tem acesso ao press release ter uma idéia do que esperar no trabalho destaco as sonzeiras totalmente, explicitamente calcadas no som da Sunset Strip dos anos 80 e as influências mais nítidas ficam para Bon Jovi dos “bons tempos” até “Keep The Faith” antes de se tornar um coroa chato, marrento e que passou a gravar trabalhos insossos, medíocres e totalmente fora dos seus antigos padrões, Van Halen fase Sammy Hagar principalmente pelos teclados usados de forma precisa porém sem exageros, muito Motley Crue, Poison, Ratt, Dokken, Firehouse, etc
Particularmente gostei muito de “The Race” com jeitão Motley Crue mas bem mais musical, realmente a banda é muito talentosa; “Scene Queen” tem um início de harmonias vocais que é puro Michael Jackson, ouçam “The Smooth Criminal”-isso mesmo e cai num belo Hardão (https://www.youtube.com/watch?v=VdaYkccDg7c) assim como “Wolfpire” e “Shadows” (https://www.youtube.com/watch?v=YTWUS6JDsnU ) “Chains” e “Waiting” tem um jeitão trilha sonora estilo Ases Indomáveis ou Karatê Kid e estilisticamente bem no estilo do Van Halen com uma pitada de AOR, daquelas para ouvir no som do carro e sair cantando junto; um pouco mais rápidas e elétricas,e especialmente a última tem um riff grudento e belo solo de guitarra, dentre outras.
Bandas de hard rock são conhecidas por refrães fortes para serem cantados junto em alto e bom som correto???correto, mas o Wolfpire infelizmente esqueceu deste quesito nas suas composições em quase toda a sua totalidade e realmente precisa rever este ponto num próximo trabalho se quiserem atingir seu objetivo e mais pessoas com sua música, na verdade este detalhe não tira de maneira nenhuma a qualidade das composições e o talento dos músicos, fazendo deste um grande trabalho de estréia e indicado aos amantes do estilo