A banda nascida e criada na cidade do Rio de Janeiro chega ao terceiro trabalho; até então um ilustre desconhecido para minha pessoa e para a Strike; mesclando sempre influências de bandas de rock n roll dos anos 60 e 70 com uma certa dose de psicodelismo e viagem em sua sonoridade e é formada por Gimmy-vocais/guitarra, Renan Weignater baixo, Gabriel Ferraz teclados e baterista Thiago Alves.
Logo de cara Egophilia chama a atenção pelo cuidado e capricho na parte gráfica, pois o cd vem dentro de uma revista idealizada de forma primorosa com parte técnica, todas as letras e adornada em todas as páginas por arte conduzida/elaborada por Aroldo Lima, fotos por Amanda Respicio e layout por Natalia Avila que fizeram um brilhante trabalho e este tipo de trabalho/arte eu aplaudo de pé e tudo isso seria em vão se a parte musical fosse ruim, pelo contrário, o quarteto não é tão psicodélico ou ácido em suas viagens musicais felizmente
Produzido e mixado por Tercio Marques os mais de setenta e dois minutos de música-e que incluem várias narrações-soa orgânico e sem a plasticidade e “trigerismo” barato que contaminaram muitos trabalhos atuais, além de contar com a masterização precisa e altamente profissional de Justin Shturtz em um dos mais famosos e conceituados estúdios do mundo quanto a este aspecto técnico, o Sterling Sound de Nova Iorque, dentre 2015 a 2018.
Estilisticamente e musicalmente o quarteto pode ser classificado como stoner rock ou stoner metal-mais um subestilo para dividir mais os fãs e o rock, enfim, fazer o que- e me lembrou bastante o que os suecos do Spiritual Beggars(banda esta da qual já fui muito fã e tive a maioria dos trabalhos) e as influências de nomes “anciãos” como Captain Beyond, Deep Purple antigo(fase inicial), Uriah Heep, Sir Lord Baltimore, e rock progressivo estão bem mais sutis;com um instrumental e vocais que são bem calcados na sonoridade setentista, mas sem nunca soarem datados ou com cara de cópia de algo que já foi feito, são extremamente criativos e a variedade musical em suas composições é um dos muitos pontos positivos e vou destacar aqui os destaques pessoais que são vários.
De cara dá para ouvir e sentir que a banda soube aparar os exageros, arestas e e excessos dos trabalhos anteriores, mas ainda não totalmente-não estamos mais nos anos 70 e ninguém tem mais paciência e tempo para ouvir músicas longas repletas de “emblomation”e viagens nonsense-em “Egophilia” quase tudo soa mais direto, sólido e no ponto certo, a mescla perfeita do antigo e o novo na música título( https://www.youtube.com/watch?v=oK45dnf9kGw) e em “Bring Me Down” que poderiam estar facilmente estar nas paradas alemãs e suecas, o rockão de “Bad Wolf” com seu groove contagiante, “Little Bitch” ( https://www.youtube.com/watch?v=7SWBYKxMS3w) que tem uma pegada Zakk Wylde inclusive no estilo guitarristico ou o blues rock preciso e repleto de feeling de “Heaven Is Not Enough” e a influência do bom e velho Zeppelin de chumbo aflora a pele, dentre outras nos mais de setenta e dois minutos de duração do trabalho e acho que é este o único ponto negativo do trabalho, muito longo nestes medíocres dias atuais aonde as pessoas tem pressa para tudo , não tem mais paciência para anda e com estas plataformas digitais procuram ouvir músicas não obras completas.
Altamente competentes e talentosos em sua empreitada espero ouvir mais do Maya no futuro!