ATTOMICA - The Trick
ATTOMICA - The Trick (nac)
Já se passaram trinta e tres anos desde o início desta ótima banda de thrash metal nacional, nascida e criada na cidade de São José dos Campos, interior paulista e um pouco menos que a banda esteve no escritório da Rock Brigade no Conjunto Nacional(Av. Paulista) pessoalmente para nos levar em mãos a primeira d.tape gravada por eles e um tempo mais tarde se tornaria uma boa parte do seu primeiro e classicissimo álbum e desde aquele criou-se um vinculo de amizade- mais que fã- admiração pela sonoridade,pelas pessoas e com o tempo cresceu(mais detalhes na minha autobiografia), sendo que passaram por várias mudanças na formação, mudanças na sonoridade mas sem perder o veneno e o poder pelo menos até o lançamento do ao vivo em 2004.
Depois de várias brigas inclusive legais(que realmente não interessam aos fãs e ninguém mais do que somente aos músicos) da formação original sobrou somente o baixista e fundador(co fundador?)André Rod que uma vez mais assumiu os vocais-sua primeira experiencia de sucesso foi no segundo álbum “LOI”, depois do falecimento trágico e prematuro do vocalista Alex Rangel que gravou o “4” e deixou-nos em 2015, este trabalhou inclusive dividiu opiniões pois incorporou muita modernidade em seu thrash e abandonou o estilo habitual da banda em muitos momentos-sinceramente eu em especial não tenho o trabalho em minha coleção-e sinceramente não sei se os velhos fãs o receberam de braços abertos.
Felizmente para nossa alegria André deu uma renovada e chacoalhada gerais na banda e desta feita estão dois ótimos músicos ,guitarrista/vocal de apoio Marcelo Souza e baterista Argos Danckas(também teclados) que deram uma overdose de animo, poderio e renovação na sonoridade do agora trio.
Abrindo de forma soberba tem-se “Give Me The Gun” (https://www.youtube.com/watch?v=wiZCbv2FdEQ) a única das oito novas composições que tem partes bem rápidas aliadas a um cadenciamento thrashico que tornou-se elemento importantissimo na banda dos dias atuais com ótimos ritmos, solos bem tocados, cozinha achachapante com um batera de primeira-Argos realmente detona e o baixão do Andre finalmente no devido lugar numa produção de primeira e mixagem impar, e se no LOI André cantava de forma bem melódica e até com em altos, aqui o estilo assumiu um “Megadethismo” bemvindo lembrando bastante David Mustaine em muitos momentos durante o trabalho, reflexo da maturidade e da idade convenhamos;”Feeling Bad” outra que mescla partes rápidas sem excessos com cadenciadas daquelas prontinhas para “bater cabeça” demonstrando apuro técnico no instrumental; “Kill The Hero” (https://www.youtube.com/watch?v=FKDyFamVu28) tem todas as características para se tornar rapidamente uma obrigatória no set list: riffs afiados,cadenciamento e técnica sem exagero-nem sempre thrash metal tem que ser ultra rápido,”tacutacutacu” thrash enjoa, e o trio está no caminho certo; “The Last Samurai” (https://www.youtube.com/watch?v=TXGqyIvdl7s) retoma o tema de uma música do primeiro trabalho e tem cara também de futuro clássico; “The Trick-You Bet” segue também a linha do thrash cadenciado com algumas inserções e final movidas a violão clássico muito bonitas, melódicas e de muito bom gosto que dão conta do brilhantismo e técnica do Marcelo; a balada de início “Endless Cycle”caindo para uma bela de uma sonzeira e a instrumental “Land Of Giants” foram bem encharcadas nos bons tempos do Metallica-longo tempo passado-esta última que posso chamar de “Orion” da banda e mostram o trio mais musicais do que nunca e fechando com chave de ouro “Mystery” que traz um vocal mais limpo e segue o padrão das composições sem maiores destaques.
Dou minhas boas vindas à banda, um nome que criou e faz parte da história e que mesmo com as muitas mudanças de formação manteve-se fiel ao seu estilo, superando-se a cada trabalho...só peço que não demorem tanto para gravarem mais um petardo pulverizante!
Trabalhos do artista altamente recomendados pelo redator: Attomica Attomica (I), The Trick, Limits Of Insanity, Back and Alive e Disturbing The Noise.
Curiosidade: o baterista original Mário Sanejufi foi e é um dos melhores, mais precisos, técnicos e rápidos(quando necessário) músicos do thrash metal mundial e um dos precursores por direito do uso de blast beats(quando realmente necessários) e se você nunca ouviu o mega clássico “Marching Over Blood” vá ouvir já!!!