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EUROPE - Walk The Earth


EUROPE-Walk The Earth (Hellion Rec nac)

Desde que retornaram à cena oficialmente em 2004 com o álbum Start From The Dark o quinteto sueco sempre quis mostrar e demonstrar amadurecimento musical e fugir da imagem oitentista de garotinhos bonitinhos com cabelos repletos de spray e pelos quais as garotas deliravam, e de fazerem baladas e hits com vendagens astronomicas, eles envelheceram, amaduceram inclusive e especialmente musicalmente, e se por um lado não agradaram em muito os velhos fãs, retornaram com seriedade e sonoridade revovada e modernizada tanto nos arranjos quanto nos vocais, algumas vezes de forma exagerada e negativa, com aquelas afinações baixas que John Norum já usava em seus últimos álbuns solo,e com os teclados menos aparentes que deu um certo sentimento melancólico e atual em detrimento ao sentimento de festa e otimismo de outrora,assustando muitos dos chamados fãs das antigas(inclusive eu que prefiro a fase”festiva”)com isso ganharam toda uma nova geração de ouvintes e perderam vários com certeza, e outros se mantiveram leais com a esperança de ouvir e ve-los tocar velhos clássicos ao vivo WTE (clipe da faixa título aqui https://www.youtube.com/watch?v=5Ij5frweOfw) é o sexto trabalho desde o retorno, produzido por Dave Cobb começa muito bem com a música título que é totalmente Purple(fase Perfect Strangers) nos arranjos, talvez um pouco mais melancólica, com ótimo instrumental e vocalizações impecáveis; não esquecendo também que3/5 da banda foram a banda de apoio do Glenn Hughes nos anos 90 por alguns anos e gravaram o ótimo ao vivo Burning Japan Live em 1994, felizmente e finalmente com os teclados de Mic Michaeli mais audíveis e orgânicos e um John Norum mais Blackmoriano do que nunca, esbanjando talento e sentimento,sem dúvida um instrumentista de mão cheio e que sempre fez um trabalho magnifico e Joey Tempest bem influenciado pelo blues, mais maduro e sentimental em sua interpretação -juntamente com Thin Lizzy, UFO, etc as maiores influências dos suecos desde sempre mesmo que nem sempre audíveis-a sonoridade mais moderna está menos acentuada e a produção limpa e cristalina ajudaram bastante e as afinações não estão tão horrivelmente baixas; o quinteto está soando mais classic rock, mais influenciado pelos anos 70 do que pelas horrendas décadas próximas e com certeza este trabalho está entre a tríade de preferidos desde o retorno da banda juntamente com Last Look At Eden e Bag Of Bones.

Destaco a composição título já mencionada, Purple+Heep nas influências numa composição que todos os elementos de um clássico no repertório do quinteto; “The Siege” (https://www.youtube.com/watch?v=zLdcDsUrIsM) segue a mesma linha praticamente com um groove mais moderno no início caindo no classic rock bem influenciado e é outra sonzeira com um sentimento de energia e poder, belas linhas vocais e grande interpretação e arranjos instrumentais soberbos; “Kingdom United” tem um um jeitão de Zeppelin-groove de bateria é puro Bonham- e influencias do Purple muito evidentes; a beleza lírica, vocal, emocional e instrumental da balada “Pictures” me lembrou a fase rocker de David Bowie com toques de progressivo, mas não soa “melosa” com as baladas dos anos 80; “Election Day” mescla o moderno com o clássico com soberbo resultado, pesada mas sem nunca soar heavy metal e com aquelas melodias e climas que eles sempre souberam usar com sapiência, depois desta sequencia de composições muito boas, o trabalho despenca vergitinosamente com a horrenda/horrível/modernosa “Wolves” um lixo descartável que me lembrou toda porcaria vinda de Seattle nos anos 90, ruim demais(com exceção do solo de John Norum, soberbo mas na música errada) e que não deveria estar no trabalho; “GTO” recupera o folego com muito classic rock, instrumental vigoroso e energético e Joey cantando a plenos pulmões, grande composição-uma das minhas preferidas e “Turn To Dust” que é blues rock de muita qualidade e que fecha o trabalho de forma brilhante, dentre outras.

O quinteto está melhor do que nunca desde seu retorno, rejunescido, repleto de energia e criatividade e WTE sem dúvida poder ser colocado na lista nos melhores na discografia dfestes bravos suecos.

(Eduardo de Souza Bonadia)

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