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ATACKE NUCLEAR - Exterminio


ATACKE NUCLEAR-Exterminio (Ind nac)

Esta resenha ficará como uma homenagem póstuma ao trio mineiro de Três Corações que formada em 2005, lançou uma d.tape “Massacre Infernal” em 2008, e dois álbuns: “Caos Mundial” em 2010 e este em 2016 pois anunciado recentemente o encerramento de sua carreira e o comunicado oficial da banda encontra-se na seção de notícias, triste saber disso, na verdade toda a vez que uma banda que trouxe algo de positivo a cena encerra suas atividades é muito triste e ruim pois demonstra uma série de fatores negativos(falta de apoio, falta de dinheiro ,etc)

A banda que trazia Iuri Gregóri guitarra/vocais, baixista Luiz Otávio e baterista/vocalista Eduardo Santos sempre se preocupou em trazer e compor letras sérias, luta contra a desigualdade social, corrupção,alienação,etc temas mais em comum com o punk rock/crossover, e que são sempre bemvindos em detrimento de letras estúpidas e imbecis que muitas bandas vociferam por aí .

A produção do trabalho é profissional e muito bem feita dando as músicas o pêso e o poder que emanam das composições, soando orgânica e natural, sem aqueles malditos triggers e sem compressão excessiva-uma maldição nos dias atuais e o mérito vai para André Cabelo no Estúdio Engenho de Belo Horizonte/MG que sempre trabalhou com a banda e merece ser bem lembrado.

São doze composições autorais cantadas na lingua brasileira/portugues, o que sempre eles fizeram, com as vocalizações sendo vociferadas com um sentimento de raiva e indignação(isso é o que me passou a audição)então não espero vocais melódicos ou liricos, a coisa aqui é bem mais brutal; e o trio faz uma bela mescla de thrash metal, pitadas de death metal e claro punk/hc sem excessos e com muita variação entre as músicas; apesar que bandas crossover na maioria das vezes tem limitações; algumas músicas chamam mais a atenção do que outras e destaco em particular “Lamentos do Inferno” pesada , mais cadenciada na parte inicial e brutal e com mais velocidade no seu decorrer com uma letra realista e que dá uma visão do que vivemos no momento atual; “Crucifique os Falsos” outra de letra forte, criticando aqueles que só vivem atrás dos teclados de um computador, e não vivem a realidade e tem uns riffs bem death metal caindo para uma sonzeira thrash daqueles para agitar ou pogar e assim como “Guerreiros do Underground” lembra de longe o que a Dorsal Atlântica fez em seus primeiros álbuns;”SOS Indígenas” além da mensagem que é um alerta e denuncia, traz um som mais trampado mas sem nunca deixar de soar NA; “Silencio da Conveniência” inicia-se com um oriental(origem judaica??) e é outra porradaça na “oreia” sem dó ou sutilezas,dentre outras.

O trio deixou um legado de gravações pequeno mas importante e fundamental na história do metal brasileiro.

(Eduardo de Souza Bonadia)

Por Trás do Blog
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