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AXES CONNECTION - A Glimpse Of Illumination


AXES CONNECTION-A Glimpse Of Illumination(Ind nac)

A primeira vista pensei tratar-se de alguma banda obscura da NWOBHM que tinha retornado a cena e lançado um novo trabalho devido ao nome da banda ou um trabalho de AoR devido a foto da capa, ledo engano .

O nome da banda vem dos irmãos Machado(axe em ingles) guitarrista Marcos e vocalista Márcio além do irmão Vitor que faleceu em 2013 ,um grande incentivador do projeto e o trabalho ficou como uma homenagem póstuma para ele, além do baixista Magoo Wise-um verdadeiro discípulo do mestre Terry “Geezer”Butler e o baterista Cristiano Hulk(mas quem fez as as gravações foi Lourenço Gil; vale dizer que tanto o guitarrista quanto o baixista fizeram parte do Distraught(Marcos por quinze anos) , um dos ícones do thrash metal gaúcho que foi formada em 1990 e continua firme e forte até os dias de hoje.

Chamar a banda de heavy metal é um tremendo contrasenso e joga-los na fogueira, pois muitos poderão se sentir tapeados e não dar o real valor ao trabalho; influências sim eles tem do som metálico pois viveram muitos anos de suas vidas imersas neste mundo, mas eu os chamaria de rock pesado ou rock pauleira(como se falava por aqui nos anos 70), pois as influências nítidas e várias das composições soam puramente setentistas em todos os sentidos, no instrumental no qual os envolvidos desenvolvem suas partes como se fosse o último momento no mundo, repleto de groove ,variações e excelentes vocalizações e linhas melódicas, além de efeitos que remetem aos tempos da minha infância, junte aí influências de Led Zeppelin, Black Sabbath dos primeiros álbuns(bastante), Captain Beyond, Dust, Uriah Heep(sem teclados) –o único ponto negativo é a sonoridade EXTREMAMENTE plástica e trigada da bateria em todas as músicas, ficou horrível, ao invés uma sonoridade vintage teria caído perfeitamente-e que vocalista é este??????soberbo o trabalho do Márcio, pode não agradar aos fãs fanáticos dos cliches melódicos e vocais tralálás de hoje, mas o moço canta muito com ótimas interpretações e vários arranjos que matam a pau(espero ouvi-lo muito mais no futuro!!) e o velho homem do rock aqui trouxe a memória lembranças e influências implicitas de nomes como Robert Plant(em linhas vocálicas), David Byron(nas harmonias bem construídas) , John Sloman e Glenn Hughes(alma na interpretação) e Edgar Winter, dentre outros.

Afora algumas composições com partes modernas e efeitos estranhos que destoam do trabalho como um todo e que particularmente não gostei –todos sabem que DETESTO estas modernidades- o álbum tem algumas composições muito boas que apreciei e aqui destaco: “The Meaning Of Evil” abre o trabalho em alto e bom som, vintage na influência e arranjos mas com o vigor e energia destes dias de” fast tudo” grande som; a próxima “Rearrange Yourself” é rápida, energética, com linhas vocais soberbamente em tons altos, passagens mais cadenciadas que nos transportam ao Sabbath entre o período do primeiro álbum até o Vol IV, baixão pulsando como uma hecatombe e pêso, muito pêso sem a necessidade de guitarras de sete/oito/trinta cordas(penso eu);“Wisdom is the key” a música de trabalho e do video clipe oficial (https://www.youtube.com/watch?v=yKTsk4pTgg0) também traz a influência setentista à flor da pele com alguns requintes mais atuais e e outro ponto alto do petardo; “Prepare Your Soul” um outro momento Sabathiano com muitas mais de anos 70 incrustado com vozes à lá Uriah Heep(arrepiante); “A Glimpse Of Illumination” com uma parte vocal muito boa mas não gostei do instrumental moderninho e bizarro; “Journey To Forever” tem um jeitão mais prog rock nos arranjos e uma bela vocalização(como sempre uma constante)com teclados dando um brilho a mais na composição assim como a instrumental “Skyline” que também é bem progressiva a sua maneira e fechando com um cover inusitado de “She Sells Sanctuary” do The Cult(entre 83/91 uma banda muito legal por sinal) , possivelmente ao vivo no estúdio pois não tem o mesmo rebuscamento na produção e soa mais “sujo”, ficou bacana pois não tem nada haver com a proposta sonora do quarteto.

Espero que o próximo álbum venha com uma sonoridade mais vintage e sem as modernidades exarcebadas que poderia ter melhorado muito mas a avaliação e com certeza fará a banda estar lado a lado com grandes deste estilo moderno de “classic rock” como Kadavar, Graveyard, Blues Pills, etc .Gostei mas......

(Eduardo de Souza Bonadia)

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