WILD WITCH - The Offering
WILD WITCH-The Offering (Arthorium Rec nac)
Originário da cidade de Curitiba que tem como maior representante metálico até os dias atuais o Dragonheart e que tem uma cena efervescente e rica o atual trio começou a ser conhecido e divulgado graças a d.tape “Burning Chains” em 2013(relançada em cassete pelo selo frances Inferno Rec) que tinha a vocalista Flav Scheidt, uma jóia em estado bruto que poderia ter sido bem lapidada e aprimorada-cantava/canta legal lembrando em muito a Kate do grandioso Acid, mas sua voz é repleta de vícios e chatices que só estudo,etc poderia melhorar-com três composições autorais numa linha Running Wild,NWOBHM, etc e um cover do Tokyo Blade(“Rock me to the limit”)rou seja, metal clássico e tradicional sem concessões a influências “malignas”; Flav deixou a banda por problemas de relacionamento e por não aceitar conselhos,etc e reduzidos a um trio: Felipe “Rippervert”: baixo/vocais que também escreveu todas as letras, guitarrista Mariano Burich e baterista Weiberlan Garcia gravaram este debut que chegou em mãos graças à gravadora, uma das batalhadoras e fiéis ao estilo em terra brasilis.
O álbum é direto e curto-com apenas oito composições- e traz uma estética gráfica que lembra trabalhos lançados nos anos 70/80 e também várias bandas atuais que fazem “occult rock/metal” principalmente européias, simples e efetiva lembrando os bons e velhos filmes da Hammer inglesa e tem uma produção e qualidade sonora muito boas provando que não é preciso usar triggers em exagero para soar profissa ou gravar num banheiro de casa para soar old school; o estúdio Avant Garde e a produção conjunta da banda com Maiko Thomé deram conta do recado com muita propriedade.
Como já dito são oito composições autorais que compõem o trabalho e não há nenhuma nenhuma regravação ou nova versão de músicas da d.tape de 2013,um pontoa favor, e musicalmente a banda é direta ao ponto com influências de nomes como Running Wild, Accept, Priest, NWOBHM mas tudo implicito na sua própria sonoridade num trabalho muito bom em ótimas composições como “Heavy Metal Inferno””To The Lions” “Night Rulers” e “Exiles in Hell”, dentre outras e que devem funcionar muito bem ao vivo, mas o ponto fraco do álbum como um todo são os vocais, não que sejam ruins, mas são muito normais ,faltando variação, interpretação e feeling (me lembraram em certos momentos Gary Lettice do Holocaust) e creio que a adição de um frontman seja uma boa pedida para a banda num futuro próximo e a adição de um segundo guitarrista oficial será uma dobra de potência e força .
A banda tem potencial para detonar num futuro próximo e composições muito boas, nada que alguns ajustes não resolvam.
(Eduardo de Souza Bonadia)