TROPA DE SHOCK - Quantum
TROPA DE SHOCK-Quantum(nac)
Longevidade e persistência não é para qualquer um neste cenário conturbado e por vezes movido a jabás como é o nacional, onde muitas vezes bandas fabricadas,algumas sem história e várias movidas a “babação de ovo” da “mídia especializada” e “fãs” cegos e surdos o que não é caso do TDS.
A banda nasceu no final dos anos 80 fazendo hard rock em portugues com o vocalista Don e o baterista Marcio Minetto e lançaram um álbum(lp) em 90 intitulado “Fragmentos” uma raridade atualmente; passaram alguns poucos e eles vieram com uma sonoridade diferente: heavy metal e com a língua mundial do rock, a língua inglesa estreando nesta sonoridade em 1997 com o álbum “Angels Of Eternity” e daí para frente muita história e inúmeras mudanças na formação e até um problema sério de saúde pela qual passou o vocalista(infarto), e seis trabalhos seguintes até chegar a este lançado em meados do ano passado e desde o início eles tiveram um personagem como o Eddie do Iron Maiden e que evoluiu e sempre os acompanhou e mudou dependendo do título e da temática do trabalho, a Bad Woman .
Graças à incompetência de gravadoras, assessorias de imprensa(cade a divulgação decente?!!)etc depois de todos estes anos é que graças a própria banda tenho em mãos este trabalho(o único anterior que havia escutado o álbum de estréia em ingles; impossível comprar todos os cds de todas as bandas!) e que mantem-se fiel a sonoridade desde o início
Com uma temática que foge do clichê ,do lugar comum-fisica quantica(parabéns por um tema tão inteligente e fora do padrão “"Quantum physics tell us that nothing that is observed is unaffected by the observer. That statement, from science, holds an enormous and powerful insight. It means that everyone sees a different truth because everyone is creating what they see" Neale Donal Walsch "A física quântica nos diz que nada que é observado não é afetado pelo observador. Essa afirmação, da ciência, contém uma visão enorme e poderosa. Isso significa que todos vêem uma verdade diferente porque todos estão criando o que vêem" Neale Donal Walsch) e mesclando com talento, sapiencia e capacidade o bom e velho heavy metal clássico tradicional com boas doses de metal melódico sem exageros(não se esqueçam o que era realmente popular e que vendia como água nos anos 90 era o power metal e o metal melódico e época que a banda nasceu e lançou vários de seus trabalhos)mais na praia do Helloween (grande banda sempre) do que qualquer outro representante e as composições tem energia, eletricidade , ricas melodias e refrães bacanas, nada não muito complexo ou auto indulgente, mas com bons vocais, dupla de guitarristas afiadas(Ricardo Kingerski e e Lusca Alves mandam muito bem!!) e competente e cozinha talentosa(Márcio e baixista Alexandre Forcellini se “entendem” muito bem!)em exatamente uma hora de música.
As minhas preferidas ficaram com as mais tradicionalistas das composições: depois de uma breve intro narrada, tem-se a ótima “Spacetime” que deve ser tornar uma das preferidas e “clássico” do quinteto e nos shows, “Other Universes” outro metalzão de muita qualidade com uma cadencia no estilo de musicas do King Diamond e instrumental poderoso e vocal numa linha bem colocada seguida de outro brilhante momento em “The Lost City” “Prisioner In Time” com uma pegada hard/heavy muito legal e que bela timbragem nas guitarras, cadenciada,envolvente,pulsante, com linhas vocais altamente condizentes conduzida brilhantemente por todos e que cai para um “belo metal”mais rápido na hora do solo; “Between The Walls” com uma parte instrumental mais rápida e que novamente me lembrou King Diamond e com um solo de arrepiar assim como em “Change My World” instrumental excelente mas não curti a linha vocal(opinião pessoal), dentre outras.
Realmente um trabalho de muita qualidade dentro da história e carreira deste bravo quinteto paulistano.
(Eduardo de Souza Bonadia)