BREAKOUT-Burning Lights
BREAKOUT-Burning Lights( nac)
Dentre as várias bandas surgidas na “nova onda das bandas nacionais de heavy metal tradicional “ este quarteto de Mauá/SP sempre foi um dos que se destacaram e sobreviveram a febre inicial que infelizmente deu uma amenizada em termos de shows/eventos mas como diz o título daquele grande clássico dos estaunidenses do Obsession “Only the strong will survive” e é isso que aconteceu, o quarteto sobreviveu e continua firme e forma mostrando seu verdadeiro valor neste ótimo álbum de estréia com oito composições autorais poderosas e eletrizantes em pouco mais de trinta e três minutos de metalzão.
Capa legal que remete a muita coisa boa lançada nos anos 80 e sonoridade que é puro heavy metal tradicional clássico com energia, eletricidade, poder, vigor, pura adrenalina, e demais adjetivos para designar um belo trabalho metálico-já fui muito injusto com a banda e levei meus tapas na cara virtuais e aprendi minha lição e não tem como não gostar do álbum-e as influências apesar de explicitas não tem nada haver com copiar uma outra banda, mas foram injetadas com classe, sapiencia e inteligência, nomes como Black Lace, Tokyo Blade e muita da NWOBHM em geral, Judas Priest, Messiah Force, Crossfire,etc - e tudo isso foi captado em estúdio sem soar plástico ou artificial, com uma produção/mixagem excelentes.
Todo o set de composições é acachapante e o quarteto Maíra Oliveira(vocais , um discípula honrosa e honrada da Maryann Scandiffio do ótimo Black Lace nova iorquino e FELIZMENTE nada de gutural e metido a lírico-troço chato pacas que já deu no saco) guitarrista Fabs Nocte uma usina ímpar de riffs cortantes e poderosos e solos bem colocados com sentimento e “metalicidade” sem os exageros e técnicas exarcerbada, a poderosa e sempre pulsante cozinha ritmica por conta do baixista Carlos Butler e baterista Lucas Borges mas destaco como pessoais favoritas o petardo que abre o trabalho em “Eyes Of Evil” que me lembrou bastante “Live Wire” do Motley Crue(primeiro álbum)só que da-lhe metal e linhas vocais bem diferentes e potentes, com um solo bem colocado e na medida certa; “Amnesia” “Come On”, respectivamente metalzão puro sem concessões, bater cabeça, mexer os pulsos e fazer o bom e velho maloik e uma sonzeira com um pouco mais de influência com linhas vocais mais “sensuais”; “Schizophrenia” um metalzão clássico na melhor escola Grave Digger “Heavy Metal Breakdown” simples , no ponto, e poderosa assim como “Waves Of Anger” esta um pouco mais melodica ; baixão roncando em “Nothing To Lose” ,será um som Motorheadniano altamente metalizado com cara de NWOBHM? acertou!; saudável influência(sem exageros)do Tokyo Blade dos dois primeiros álbuns(versão com Alan Marsh) só que mais pesados e com um saudável atualização no puro heavy metal e finalmente a maidenesca “Dont Call It Luck” que fecha o trabalho com chave de platina com ouro.
Meus sinceros parabéns à banda na parte instrumental e a Maíra(NÃO Maria catso!!) que evoluiu e se aprimorou bastante. Uma ótima estréia que recomendo muito
(Eduardo de Souza Bonadia)