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SONS OF APOLLO - Psychotic Symphony


SONS OF APOLLO-Psychotic Symphony(Hellion Records Brazil/Insideout nac)

Nos 60/70 os chamados super grupos eram denominados assim depois de lançados seus álbuns, feito shows , depois de que público e critica avaliavam sua música ,nomes como Cream, ELP, Yes, Led Zeppelin, Deep Purple eram e são denominados assim; os supergrupos das décadas de 90 e posteriores não surgem de forma tão espontanea, mas como uma idéia de marketing, de tanto quanto o produto final será realmente rentável, surgirão grandes composições desta união?? Shows lotarão???deste pressuposto realmente alguns reuniram grande número de fãs e lançaram ótimos trabalhos, caso de Dream Theater(aqui sem a mencionada idéia de marketing), Transatlantic, Chickenfoot, Black Country Communion, The Winery Dogs, Hollywood Vampires, etc e agora este SOP.

Finalmente o excelente e experiente vocalista Jeff Scott Soto está num projeto/banda deste porte e visto que desde seus trabalhos com os suecos do W.E.T. ele não fazia nada tão promissor, bombástico e de qualidade;seus trabalhos com o SOTO (2015/2016) que são erroneamente chamados de heavy metal são muito modernos e tendenciosos para um músico que fez trabalhos ótimos com Malmsteen, Axel Rudi Pell, Talisman,W.E.T., e muito bons com Eyes, Takara, Human Clay, Humanimal, Soul Sirkus, etc; e tantas participações em tantos trabalhos, guitarrista Ron “Bumblefoot” Thal(ex Guns N Roses) baixista extraordinário Billy Sheehan(ex Talas, David Lee Roth,The Winery Dogs, Mr. Big) tecladista Derek Sherinian e o grande baterista Mike Portnoy(ambos ex Dream Theater e tantos outros projetos) estes dois últimos que produziram PS como “The Del Fulvio Brothers” ou seja um supergrupo com letras garrafais.

A grande maioria dos leitores sabe que não sou um dos maiores fãs e ouvintes do chamado progr metal e com algumas rarissimas exceções (Threshold, Ayreon, etc) passo longe de tudo que é lançado com esta denominação mas o que me chamou a atenção neste trabalho de imediato realmente foi a formação em si e realmente fiquei surprêso de forma positiva com o resultado final nas dois clipes da banda: “Lost In Oblivion”( https://www.youtube.com/watch?v=tG7hYazcfOw&list=UUBTLveIEi1Dqo5mbh-CrABw&index=1 ) e “Coming Home”( https://www.youtube.com/watch?v=J_1N8kVYfkE&index=2&list=UUBTLveIEi1Dqo5mbh-CrABw ) !!!

O álbum abre de forma épica, maravilhosa e brilhante com a ótima “God Of The Sun”,a mais longa do trabalho e que apesar de deixar bem explicita sua cara progr tem um ar oriental, altamente influenciada pela clássica “Gates Of Babylon” do Rainbow e que foi o embrião do tal de neo clássico, aonde todos fazem suas partes com eficiência mas sem exageros com um solo de Derek no ponto certo e o destaque são as vocalizações maravilhosas de Jeff e somente depois de vários minutos é que a música torna-se algo mais progressivo mais numa linha daquelas instrumentais destruidoras do ELP-acachapante; as já citadas “Lost in Oblivion” e “Coming Home”(não é a ordem correta das músicas mas...) são outros momentos de destaque: a primeira é progr metal até os ossos com solo de Derek e demonstração curta e direta do virtuosismo do restante da banda mas o vocal de Jeff é agressivo e com grandes linhas melódicas que chegam a beirar a acessibilidade-magnifico e a segunda mais direta mas mantendo todas as características da sonoridade proposta e repito, que vocais!; “Signs Of Time” é tipica progr metal com parte absurdamente pesada, distorcida e com afinação baixa (que na minha opinião é horrível e sofrível) e depois por alguns momentos tem uma sonoridade limpa com arranjo muito bacana ; “Labyrinth” é um hiper ultra progr metal em todos os sentidos, viagem instrumental poderosa com o Derek solando primeiro à lá John Lord e depois no sintetizador com som mais eletronico atual-demolidor e Jeff como sempre mandando muito bem e é mais um dos destaques do trabalho; “Alive” é que se pode chamar balada progr pesada com partes modernosas dispensáveis(pra que estas timbragens lixo com guitarras fretless?só o pessoal mais jovem para enternder ) e um Derek debulhante e o tal de Bumblefoot dando uma “debulhadinha de leve”; “Figaro´s Whore” emendada com “Divine Addiction” começa totalmente inspirada no grande e saudoso mestre John Lord e a composição é uma versão moderna e modernizada de um Deep Purple do século XXI e até o guitarrista executa um solo à lá Blackmore que caiu muito bem-mais um destaque , e finalmente fecha o trabalho “Opus Maximus” que é mais um progr de afinação baixa e ritmos distorcidos e quebradeiras que cai para partes mais lentas e limpas e volta ao peso e guitarristas Zappnianas(ainda prefiro o estilo totalmente old school, virtuoso e limpo dos dois Steves:Howe e Hackett) , e lembrou me novamente aquelas loucuras brilhantes e maravilhosas que o ELP constumava compor e gravar nos anos 70 e fecha de forma acachapante este trabalho.

Para fãs de progr rock, progr metal, dos músicos que fazem parte da banda, e mais uma vez de Jeff Scott Soto em ótima fase( foi o inegável talento deste vocalista realmente que me fez ouvir o trabalho e tornar-me fã)! Um belo começo sem dúvida, e que venha a tour!

(Eduardo de Souza Bonadia)

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