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AVALON - Old Psychotic Eyes


AVALON-Old Psychotic Eyes(Rising Rec nac)

Graças aos selos independentes temos acesso a grandes tesouros da nossa própria cena que se porventura não fossem resgatados poderiam ser relegados a apenas uma pequena parcela de fãs, colecionadores e aficionados em geral e uma destas bandas que não foram gigantes em popularidade ou vendagens mas faziam música de qualidade estão os thrashers do Avalon que foi formado no longínquo ano de 1982 em Teresina/PI pelo vocalista/guitarrista Ico Almendra dissidente da banda pioneira Venus(que em 86 lançou seu único trabalho em vinil) que entre 87 a 89 gravou três d.tapes em fita cassete(que mereciam um relançamento em cd com certeza) seguido de um lp split com os também pioneiros do Megahertz e somente em 1993 gravaram este que é sem dúvida seu melhor trabalho sendo que nesta época tanto Ico quanto o baixista/vocalista William Rodsam já estavam residindo em São Paulo e completavam o quarteto o guitarrista Daniel Stilling e o baterista Alex Nasser

A banda sempre teve características próprias em termos estilisticos fugindo do padrão mais brutal, visceral e slayeriano que dominou muitas das nossas bandas no final do anos 80 e começo dos 80, optando por uma sonoridade menos “tacutacutacu” e mais influenciada pela escola Anthrax e Death Angel antigo com composições mais “quadradas” ,várias rápidas mas em velocidade controlada, variações ritmicas, boa dose de melodia e variações com os guitarristas fazendo um bom trabalho conjunto nos riffs e nos duetos em solos e ouvindo hoje Ico vocalmente lembra Tom Gabriel “Warrior” na sua fase “Cold Lake” menos gutural e mais musical, ou seja, um vocal totalmente atipico para o estilo até então!!!

O álbum abre com uma trinca indispensável em “Old Psychotic Eyes” thrashão potentoso, “Serial Killer” paulada controlada bem tocada e “Inner Verses” cuja letra é o poema do poeta paraibano Augusto dos Santos ; “Forgotten Past “apesar da estrutura thrash cadenciado tem influencia dos canadenses do Voi Vod; “Yes, Sir!” é outro momento thrash direto e reto e uma das melhores do trabalho, “Just Another Morning” é um power/thrash com aquelas paradinhas clássicas e deve ter sido muito legal ver o público participando nos shows, curtindo e agitando este som, uma das minhas preferidas ; “The Last Song” paulada muito bem tocada com aquelas partes cadenciadas, paradinhas e viradas ritmicas precisas grande composição, e de bonus “Yes, Sir!” do ep em vinil de 1992 numa versão mais avassaladora porém a qualidade sonora não ajuda muito... dentre outras.

Se você não viveu a época ou deixou passar em branco quando lançado é sua chance de adquirir este trabalho de muita qualidade de uma banda que deixou saudades.

(Eduardo de Souza Bonadia)

Por Trás do Blog
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