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VIPER - Soldiers Of Sunrise


(Wikimetal nac)

Quando o quinteto foi formado em 1985 eles eram garotos na pré adolescencia que queriam imitar seus ídolos e se deram muito bem pois quando alguém deixou a d.tape sem autorização da banda no escritório da Rock Brigade no Conjunto nacional na Av. Paulista -na verdade uma demo de ensaio bem gravada-a “The Killera Sword”com cinco composições autorais e vocais em ingles e esta foi resenhada por mim (a primeira pessoa no mundo a fazer isto, um dos grandes orgulhos da minha história dentro do metal!)nas paginas da então semi revista a história começou a mudar desde então.

A banda assinou com o novo selo Rock Brigade Records e em 1987 gravou este que tornou-se, sem exageros, um clássico do metal mundial , está certo ainda faltava e muito o know how técnico para se gravar um trabalho de metal com qualidade em nosso país e o André Luis Cagni(baixista do Vodu) e a banda realmente não tinham a manha necessária para fazer isso com a devida qualidade e profissionalismo, mas o resultado está aí trinta anos depois para a apreciação e salva de palma de todos.

Nascido na segunda geração de bandas de metal nacionais já cantando e compondo em ingles, com certeza, eles eram admiradores e fãs da primeira que tinha o precursor Stress e também tantos outros como Salario Minimo, Centurias, Harppia, Karisma,Achave do Sol, Golpe de Estado etc mas vinham com uma carga de influências do exterior bem maior, especialmente seus grandes ídolos Iron Maiden tanto musicalmente quanto em termos de visual (o André usava calças listradas e tingia o cabelo de louro e que legal que era)e também de um nome que estava no auge e era a sensação do metal alemão o Helloween nos tempos de Keeper Of Seven Keys assim como o restante da banda e ainda por cima antes dos tempos da gravação do Soldiers costumavam tocar covers do Manowar, Venom(pasmem!), Saxon,Demon,dentre outros e que memoráveis tempos eram aqueles SOS não tem nenhuma composição, chata, encheção de lingüiça, ou prá preencher tempo(como os americanos chamam de frillers) pelo contrário todas tornaram-se clássicas com o tempo , jóia raras do heavy metal tradicional embebidas no power metal melódico que dava ainda seus primeiros passos, regados a uma energia, espirito juvenil e entusiasmo que transpiram em cada minuto de cada uma das músicas; com uma belissima capa por conta do grande artista Alberto Torquato(juntamente com Angels Cry do Angra as minhas preferidas) e gravado no estúdio Guidon(muito usado na época) no tradicional bairro do Cambuci, bairro aonde foi a primeira sede e praticamente nasceu a Rock Brigade o meu querido Cambui-hilário ler no encarte pelo André Matos “O estúdio ficava num bairro distante, íamos de transporte coletivo e levavamos quase duas horas para chegar..”.hahaha.

O trabalho abre com a rápida e poderosa Knights Of Destruction com um riff quase thrash mas os vocais do André e as guitarras em terça mostravam e expunham a toda hora as influências mais melódicas; seguida por “Nightmares” outro petardo; “The Whiper” tem uma caídacadenciada e muito do Iron Maiden do inicio com uma parte rápida perfeita; “Wings Of The Evil” é outra bem melódica sem nunca perder a energia e o entusiasmo ; “Heavy Rock “ teve seu refrão modificado para a gravação e a mais direta e crua do álbum; o André estava rouco devido a um resfriado e detonou muito bem , a linha vocal agressiva caiu com uma luva(eu estava lá e presenciei a gravação, não é lenda,eu garanto!); a música título é um hino e uma precursora do que viria daí para frente, mais melodia, instrumental seguro e com muita energia,refrães grundentes e o André detonando;a melódica “Signs Of The Night” também segue a mesma linha com classe ; “Killera(Te Princess Of Hell) é uma instrumental que com certeza fez Steve Harris sorrir de satisfação pois é muito Maiden dos primeiros álbuns e muito efetiva ao vivo e finalmente “Law Of The Sword” outro hino de muita melodia e bom gosto. De bonus nesta edição um presentão único e maravilhoso: além da d.tape original que tive o grande prazer de mundialmente ter sido o primeiro a resenha e apreciar-ninguém imagina qual foi o tamanho da reação e emoção de ouvir este material há mais de trinta anos passados!-há mais bonus(não me lembro quais)

Baixista/principal compositor Pit Passarell, guitarristas Yves Passarell/Felipe Machado baterista Cassio Audi e vocalista André Matos cinco garotos amigos de vizinhança não tinham idéia que tornariam-se IMORTAIS dentro da música pesada com este magnifico trabalho, com sua carreira e música e só para quem viveu cada momento dentro desta história como eu vivi para saber da verdade.

Um dos clássicos dos clássicos da cena metálica nacional com certeza imortalizados uma vez mais.

(Eduardo de Souza Bonadia)

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