VODU -The Final Conflict
(Classic Metal/ voice music nac)
Falar deste álbum é falar de uma parte e de um período do metal nacional que era/é muito bacana e tinha uma mistura de paixão,criatividade, ideologia, descobrimento e muita batalha
Sem nenhuma falsa modéstia acho que sou a ÚNICA pessoa que pode falar deste trabalho com total autoridade ,o outro seria o saudoso amigo Eduardo Russomano que infelizmente partiu deste mundo já há um bom tempo (é só lerem a frase em ingles na parte traseira do encarte e as fotos do encarte que todos entenderão um pouco mais) e é extremamente emocional para mim ouvir o álbum depois de todo este tempo, ler as letras,ver as fotos do encarte(algumas minhas apesar de não creditadas...) ; fui o primeiro a resenhar a d.tape da banda ainda cantando em portugues na RB, acompanhava a banda nos ensaios e como roadie em shows e na gravação deste primeiro e clássico álbum que já começa bem pelo arte d grande Alberto J.Torquato(o mesmo de álbuns do Angra, Viper, Alta Tensão,etc).
O tempo de estúdio “dado” pelo então selo RBR foi RIDÍCULO até mesmo para a época (os vocais foram gravados TODOS num período de seis horas)– o Vice Versa era um estúdio de razoável qualidade mas o know how dos competentes técnicos era nulo quanto à heavy metal e eles se esforçaram para chegar num resultado com algo que a banda almejava e já na época a sonoridade do quinteto era bem complexa, uma mescla de Maiden, M.Fate,Motorhead, etc com a inventividade e a técnica única dos músicos e o resultado pode não soar tão bem para os dias atuais(principalmente as primeiras músicas) pois a música sempre foi repleta de nuances e complexidades dentro do estilo e para os técnicos era o mesmo que falar aramaico o que melhora muito com o passar das composições; erros e acertos foram mantidos pois não havia tempo para regravar então o que se tem é um produto final totalmente original e trazendo o chamado heavy metal visceral (como eles se auto denominam até hoje) e que incorporou mais fluências de thrash metal nos trabalhos vindouros....mas esta é outra história.
O álbum abre com as rápidas e poderosas “Contradictions” e “What an Irony” a parte rápida e cadenciada e com algumas quebradas de ritmo “How Can you Believe” “This is not your world” com sua levada e rifferama thrash e vocalizações sempre precisas e potentosas, mudanças de ritmo para o tradicional e que para mim é um dos grandes hinos da banda; “The Final Conflict” CLÁSSICO dos clássicos absolutos e Let Me live (I dont´wanna die) mais melódica e calma do álbum, dentre outras não mencionadas e de bonus uma novissima composição em Walking With Fire que mostra que a banda não perdeu a mão e mantenha a chama do metal com uma produção condinzente-mas a bateria poderia ter soado menos “plástica”- com os dias atuais.”quando as agulhas do metal tocarem você, estará eternamente possuído”. Indispensável e obrigatorio ps tenho muitas histórias para contar desta época, quem quiser saber que me pergunte no face!!!
Andrews Góis(v) Jose Luis Gemignani/Bruno Bontempi(gt)André Cagni(b) e Sérgio Facci(bat) fizeram história e continuam fazendo com este grande trabalho.
(Eduardo de Souza Bonadia)