KAMBOJA - Até o Freio Estourar
(Baratos Afins nac)
Baterista Paulão Thomaz é um dos pioneiros do heavy/hard nacionais , um dos poucos músicos em atividade desde o inicio dos anos 80 tendo fundado/tocado em bandas como Centúrias, Firebox, Harppia, Baranga e finalmente e desde 2012 neste quarteto cujo descrição no perfil no facebook os descreve de forma corretissima “ Rock´n´Roll Sujo, Pesado, 100% RIFFERA - Letras que abordam o cotidiano de todos nós de um jeito ácido e divertido, critica social misturada com bom humor e em bom PORTUGUÊS ...”; eu poderia fechar por aqui e a descrição teria sido mais que ótima, mas tudo seria em vão pois Paulão juntamente com vocalista Fabio Maka Mainente(este também tem muiiita história) e mais recentemente guitarrista Edu Moita e baixista Edu Fiorentini merecem muito mais que isso.
Depois da d.tape/Ep “Kamboja” , “Viúva Negra”(que contém tambem o primeiro trabalho de bonus + o Ep “Se Deus Pudesse Me ouvir” e músicas ao vivo num programa de rádio) é hora do primeiro álbum cheio com nove novas músicas autorais do mais puro rock n roll pesadão e energético com uma bela produção(por conta de Rogério Wecko Mainente) e mixagem-amo quando a parte técnica está com tudo “em cima”- e uma capa que me remeteu “de longe” ao Orgasmatron do Motorhead aqui temos mais um petardo ultra sonico de mais uma grande banda da capital do estado de São Paulo.
Se você ama Golpe de Estado ( o pai/rei do hard/metal/rock n roll bem sacado do Brasil), Baranga. Exxotica ou os curitibanos do Motorocker vai se apaixonar pelo Kamboja; apesar de todos terem a veia rock n roll exposta, cada uma faz sua própria sonoridade, energia,adrenalina, direto e explosivo, nunca trocando solos de guitarra por de sax por exemplo(o que eu realmente detesto atualmente) e com tudo na medida exata .
Dentro do seu estilo suas composições são bem variadas: “Filha dos Anjos” é um rockaço com feeling southern; “Pra Sempre campeão” homenagem ao Ayton Senna é das aceleradas e certeiras; “LOCO-MOTIVA” remete a capa do trabalho e tem uma slide guitar peçonhenta e que bebeu na fonte e um riff bem metálico;”Janela dos Tolos” é a mais metalizada das músicas e tem uma letra bacana;“Ziriguidum blues” um blues sacana e pesadão com uma história bem humorada “do encontro do roqueiro com uma sambista bem louca” e para finalizar o rol das preferidas “Frágil como o vidro” e “O canto da morte” outras pesadas com letra bacanas.
Realmente uma bom álbum full deste quarteto competente e batalhador.
(Eduardo de Souza Bonadia)