FATHER KARRAS - Prisoners Of The Flesh
(Ind nac)
Ter e ser uma banda 100% independente tem suas vantagens mas também muitas e muitas desvantagens das quais destaco promoção e divulgação do trabalho do artista e forma de vendas; neste caso em particular percebo que a promoção e divulgação do álbum foi péssima e com certeza a vendagem também(com a palavra a propria banda.....digam a respeito).
Father Karras é uma banda de heavy metal de Sorocaba que lançou sua primeira d.tape “The First Exorcism” e tempos depois lançou este álbum cheio(em 2015) com dez composições autorais e como alguns devem saber seu nome vem do padre do clássico filme de terror “O Exorcista”: o Pe Karras e infelizmente foi muito pouco divulgado na mídia (para esta afirmação usei a ferramente google e não encontrei resenha do cd em nenhum site, blog, etc)e como meu lema atualmente é “antes tarde do que nunca” é mais que meu dever de fã divulga-lo.
O trio que gravou o álbum: Marcos Giliberti(gt/bv) Thunder (v/b/rgt)e Goro (bat, substituído por David posteriormente) toca basicamente heavy metal puro e simples, direto, seco, sem frescuras ou firulas ,porém muito variado em tempos, climas e arranjos.
Gravado no estúdio Ponto Sonnoro e lançado infelizmente em formato cdr(que tende a desgastar-se bem mais rápido que um cd oficial com o tempo ) o trabalho vem com dez poderosas composições que são uma ode ao mais puro Metal, uma mescla de influências de Running Wild, Grave Digger, passando por Trouble,etc o resultado é muito bom e conseguiram imprimir sua personalidade num trabalho que não pode passar em branco; está certo que nem todos vão curtir os vocais graves e “cavernosos”(nada de metal extremo)mas temos aqui uma banda de muito poderio e composições realmente de pêso se se mantiveram no estilo.
Posso destacar “Our Gods were Astronauts” que inicio o trabalho de forma empolgante; a mais cadenciada-uma constante nas composições, o que posso chamar de “ritmo bate cabeça incessante”-“Sadako” , “T.C.M.” outra em tempo bate cabeça e riff altamente metálico; “Gospel Freakshow” ; “World Of Dust” se inicia com um baixão no estilo “Conquistadores” do RW agudo e potente e a composição tem um andamento com riff serra eletrica que é muito legal e um solo direto, certeiro e isento de firulas, uma constante no petardo ; “Until The Day we´ll die” é bem simples em estrutura e arranjo mas efetiva, e fechando com “TheWishmaster” outro momento de puro momento bangin, uma ode ao Grave Digger dos tempos de “HM Breakdown”, direta e certeira,e que a partir do solo entra num crescendo , dentre outras.
Desculpe-me a honestidade: não sei se foi intencional ou não, mas o ponto baixissimo do trabalho é a parte gráfica em p/b e de nível bem inferior ao musical.
Para amantes do metalzão puro mais uma boa pedida.
(Eduardo de Souza Bonadia)