ARTILLERY - Penalty By Perception
(Metal Blade imp) 8/10
Um dos pioneiros e baluartes do thrash metal mundial-apesar de nunca ter feito parte dos”altos escalões” e um dos principais nomes do metal dinamarquês, o quinteto surgiu no inicio dos anos 80 lançando vários trabalhos de qualidade ( o clássico debut “Fear Of Tomorrow” dentre outros), encerrando as atividades ainda naquela década, retornaram em 1999 com o horrível e “esquecível” B.A.C.K e encerraram atividades novamente, retornando oficialmente em 2007 e desde então tem lançado ótimos trabalhos.
Além dos fundadores, os irmãos Stutzer, Morten e Michael sempre criativos e acachapantes nas guitarras, PBP é o segundo trabalho com o vocalista Michael Bastohlm Dahl num estilo mais melódico e musical além de Josua Marsden na bateria/vocais de apoio e o baixista/vocal de apoio Peter Thorslund, e como convidados ilustres na composição “Cosmic Brain” nos segundo e terceiro solo, Hank Sherman e Michael Denner.
Estilisticamente eles continuam na pegada do álbum anterior sem composições estupidamente rápidas ou vocais berrados; na verdade o quinteto em qualquer de suas formações sempre procurou criar uma música com características próprias que estivesse longe das mesmices de muitos que surgiram na cola dos grandes do estilo, com um trabalho nas seis cordas repleto de criatividade e um vocal bem diferente do habitual; Michael é mais melódico do que seu antecessor mas suas linhas vocais são sempre bem colocadas e combinam de forma precisa com o instrumental.
São onze composições mais uma bônus na versão digi pack aonde posso destacar “Penalty By Deception” com partes bem rápidas e cadenciadas mescladas com maestria com as guitarras comandando ; “Live By The Scythe” mais cadenciada mas não menos empolgante; “Deity Machine” está mais para um vibrante e poderoso metalzão do que thrash assim como “Path of The Atheist” ; a bônus “Liberty Of Defeat” poderia ter sido colocada na versão normal do álbum pois é com certeza melhor que algumas das músicas que não mencionei.
Mais um grande trabalho destes bravos dinamarqueses mas faltando um pouco daquele brilhantismo e fogo dos primeiros trabalhos, mas ainda assim figura dentre “os bons” em sua discografia.
(Eduardo de Souza Bonadia)
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